Ilhota alcança a triste marca dos dois mil casos de coronavírus
Sem nenhuma política eficaz para conter os avanços do coronavírus e controlar a convivência com a pandemia, Ilhota chega a 2 mil de casos confirmados da COVID-19 no Município.

De acordo com boletim público da pandemia publicado pela Prefeitura de Ilhota no dia 29 de julho, o Município ultrapassou a marca das 2 mil pessoas que contraíram a COVID-19. São 2.019 pessoas, até agora, que foram infectados pelo novo coronavírus em Ilhota, 14,06% de toda sua população ilhotense, registrando 31 óbitos (33 nas contas do Governo do Estado). É visível a qualquer um de nós que não há nenhuma política para conter os avanços da COVID-19-19 em nossa cidade, salvo a tímida campanha de imunização. Fora esse valor político, nada está sendo trabalhado. Quando não se faz nada, ultrapassamos a infeliz marca estatística dos 14% de todos os ilhotenses contaminados pela COVID-19.
Mas de quem é a culpa desses dois mil casos confirmados? Ora, do negacionismo e a omissão do prefeito em não solucionar o caos ante a pandemia. O povo não pode pagar com a própria vida frente ao descaso. Apenas neste ano, são 932 casos positivados com o novo coronavírus, um aumento de 85,74% em relação a todo o ano de 2020 e neste sentido, passando um pouco mais do meio do ano, agregando todo esse volume de casos oficiais registrados, é questão de algumas semana de ultrapassarmos a quantidade de casos positivamos de 2020, considerando que todo ano passado, foram notificados 1.087 novos casos de coronavírus. Incluímos nessa conta os 24 óbitos de 2021.
Apesar de sentir todo esforço dos profissionais de saúde para garantir o cumprimento paralelo à imunização rápida e consistente da população, não podemos afirmar que há um controle se falta vontade política com as medidas sanitárias de proteção, neste que é o momento mais grave da crise causada pela pandemia.
Quem deveria fazer alguma, nada faz também, se quer fiscalizam, mas comem do mesmo prato, participam de festinhas, desfilam pelas redes sociais sem cuidados algum, nem se quer atentam aos protocolos sanitários, um verdadeiro desrespeitos a memória daqueles que perderam a luta para a COVID-19.
Não há tempo a perder e o negacionismo mata, mesmo aquele que se paga de progressista. Aqui em Ilhota, vive-se na mesma onda praticadas pelas velhas políticas insanas e indecorosos e de novo só tem o rostinho. Esse desgoverno genocida de Bolsonaro é o primeiro e principal responsável pela tragédia que assola o Brasil e o bolsonarismo reelegeu o atual prefeito. Resultado disso, dois mil casos de COVID-19.
O vírus existe, não é uma invenção e continua a matar. Não será dissipado com obscurantismos, discursos raivosos ou frases ofensivas. Precisamos urgentemente que as autoridades públicas se conciliam com suas tarefas e que a Câmara de Ilhota e Prefeitura cumpram o seu papel, sendo indutores eficazes das políticas de saúde em nível municipal, garantindo acesso rápido aos medicamentos e testes validados pela ciência, a rastreabilidade permanente do vírus e um mínimo de serenidade ao povo, além da volta das fiscalizações e políticas restritivas de acessos e cumprimento das normas de convívio social coletivos.
É lamentável ver um presidente trabalhar para ver o país pegar fogo e ver romper os limites da institucionalidade. Assim como o despresidente, o prefeito faz o mesmo. Imagino que fazer asfalto ou ir jogar baralho no bar irá impedir os avanços da pandemia no município. Engam-se quem pensa desse jeito. A COVID-19 mata, mas a irresponsabilidade na condução da pandemia, por parte de nossos gestores, mata também a nossa democracia.
Precisamos estar prontos para defender a democracia e eliminar o vírus.
*Dialison Cleber Vitti, é bacharel em Teologia, militante político e dos movimentos sociais no município, foi presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Conselho Comunitário de Segurança e o atual membro Presidente interino do PT Ilhota.
