5 anos da Ponte de Ilhota

Por Dialison Cleber Vitti*

Os governos do PT iniciado com o Presidente Lula foi de promover e intensificar o desenvolvimento do país, que além de conhecer a fundo a realidade brasileira, causou grandes transformações pelas quais o Brasil cresceu em todos os parâmetros econômicos, sociais, culturais e tantos outros segmentos. Em Ilhota, não foi diferente e a cidade sentiu este reflexo. Um exemplo dos legados do Partido dos Trabalhadores em todo país, para nós aqui, é a obra da Ponte e nada melhor do que ela evidenciar esse exemplo de governabilidade.

A Ponte de Ilhota é sem dúvida a mais importante obra de engenharia e infraestrutura já realizada no município em todos os tempos. Isso só foi possível graças ao empenho do Governo Lula com recursos aplicados do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, criado em 2007, promoveu a retomada do planejamento e execução de grandes obras de infraestrutura social, urbana, logística e energética do país, contribuindo para o seu desenvolvimento acelerado e sustentável.

Mas só o PAC em si não foi o único combustível que ocasionou a realização e impulsionou o projeto da Ponte. Muitas atitudes demandam da força de vontade e política de Governadores e Prefeitos, além dos Ministros e foi uma dessas concepções que o então Prefeito da época, Ademar Felisky, foi atrás do projeto inicial, fez a reedição do sonho idealizado pelo ex-Prefeito José Izidro Vieira, popular “seu Déda”, que de Belina, foi até Brasília entregar o projeto em mãos. O PAC foi importante para nação, lamentamos muitos que nossos gestores não conseguiram entender os objetivos e a dinâmica do programa para que pudéssemos ter muito mais que apenas a Ponte, mas uma Unidade de Pronto Atendimento, o UPA 24h, que foram construídos em grandes volumes pelo interior do país. Como somos uma Ilhota, pecamos por não ter uma gestão eficiente que esteja sintonizada com o progresso. Sorte nossa foi que a Ponte entrou a tempo no orçamento da União.

Mas naquele dia 2 de setembro, passados 7 anos, ou 84 meses, quem sabe 2.476 dias desde a assinatura da ordem de serviço, agregados a dois Presidentes, dois Governadores e dois Prefeitos, a Ponte foi enfim, inaugurada. Digo dois Presidentes, porque desconsidero um, que na verdade foram três. Naquela semana, o golpe contra a Presidenta Dilma Rousseff, eleita legitimamente, havia sido consumado. Ela foi desposta e o Temeroso assumiu o poder com um fatídico Golpe de Estado com apoio do STF e tudo. Por causa de uma agenda na China, Temer não veio para Ilhota inaugurar a sua primeira obra já como Presidente da República.

Já na gestão da Presidenta Dilma Rousseff, o Governo Federal passou a assumir 80% da obra. O Governo do Estado não consegui arcar com o seu compromisso. Raimundo Colombo, Governador na época, chegou a argumentar em alguns casos que foi um tiro no escuro que Luiz Henrique deu sobre a Ponte de Ilhota. Se não fosse na gestão do PT, talvez ainda estaríamos utilizando a balsa. Prefeito Ademar reconhece o empenho do Presidente Lula na obra e sem dúvida, tem sua contribuição na obra. Seu empenho é reconhecido e pena que ele não inaugurou. O cronograma era para que fosse concluída no final de sua gestão. Não deu.

A empresa vencedora da licitação, que iniciou a construção da Ponte, ligando as duas margens do rio Itajaí-Açu foi a JM Terraplanagem e Construções, de Brasília. No contrato constavam que a contratada faria os acessos e a Ponte no valor de R$ 32.535.928,11. Além disso, a construtora teve que executar a terraplanagem do terreno, pavimentação asfáltica, drenagem, obras de arte, sinalização e obras complementares e a Ponte de 480 metros, ligando a Rodovia Jorge Lacerda com à BR-470. Entre Ponte e acessos, temos uma rodovia de 2,4 km de extensão. Infelizmente, a JM não concluiu a obra. Houve um meio tempo nesse processo e a empreiteira acabou desistindo por questões financeiros e um escândalo que abalou as empreiteiras do setor na época. Após um curto período de paralisação na obra, a próxima habilitada a assumir o serviço foi o Consórcio Tec/Setep ao qual conseguiram concluir e entregaram a obra. Estima-se que o valor total da obra chegou a 38 milhões.

O legado do PT em Ilhota, é importante frisar, foi muito além do que a Ponte. A combinação de políticas sociais inclusivas implementadas em Ilhota, criou condições para um novo salto no desenvolvimento da cidade. Esse desenvolvimento se deu na economia, na educação, na saúde, na atração de investimentos, na inclusão social e na consequente mudança da pirâmide de renda.

Mais do que facilidade para moradores de Ilhota, a Ponte aumentou as opções de deslocamento para quem passa pelas rodovias BR-470 e Jorge Lacerda. É comum ver carros com placas de outras cidades e caminhões de empresas distantes que optam pela Ponte para encurtar distâncias ou escapar dos trânsitos urbanos. Não há dados sobre quantos veículos passam pela Ponte, desconhecemos essa realidade, mas a superintendência regional do Deinfra avalia que ela ajudou a melhorar o trânsito da região e também aumentou o fluxo na Rodovia Jorge Lacerda entre Ilhota e Itajaí. Para esse impacto, a resposta foi a revitalização da via.

Acreditamos que após a inauguração da Ponte de Ilhota a economia da cidade passou a ter aumento e girado em torno 35%. Não é uma informação oficial, faltam dados para comprovar tal veracidade, mas podemos sim considerar essa marca, levando em consideração, o aumento no Orçamento Anual do Município. A Ponte em si, não é apenas o motor do desenvolvimento, mas um pilar no braço da economia, que associado a uma junção de projetos realistas, eficazes, fáceis de serem executados e comprometidas com nossos desejos pode ser sim a alternativa desenvolvimentista. Um outro motivo para tal crescimento, destaco, para tanto, um sistema de transporte coletivo integrando todo Município. Mas Ilhota é movido apenas para aos interesses de alguns, mais precisamente a satisfação da especulação imobiliária, que ganhou muito com a Ponte. Em tempos de crise, 35% é muita coisa!

Por fim, sonho realizado. Essa obra tem muito a ver com o maior de todos os desejos dos moradores raízes dessa cidade. Eu lá estava, na inauguração. Sempre fui um entusiasta do projeto, desde quando vi pela primeira vez, em meados de 2006. Sempre acredite nesse sonho e hoje ela está realizada, servindo muito bem os anseios do município e por todos da região. Havia aqueles que não acreditavam, que era uma obra eleitoreira, duvidavam, apostavam pelo contrário, mas... essa obra imponente e majestosa, esperada a tanto tempo por muitas e muitos há mais de 50 anos está aí, impactou de vez em nossas vidas. Só para que vive na Margem Esquerda do município, sabe o que isso significa. 

Muitos merecem nossos respeitos pelos empenhos e dedicações que tiveram em apostar e investir na ideia que deu mais do que certo. Acompanhei um pouco todo esse processo, mas não posso deixar de reconhecer e evidenciar os Governos do PT de Lula e Dilma, principais agentes que impulsionaram o desenvolvimento econômico de pequenos municípios como o nosso. Gratidão!

Volta, Lula.

*Dialison Cleber Vitti, é bacharel em Teologia, militante político e dos movimentos sociais no município, foi presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Conselho Comunitário de Segurança e o atual membro Presidente interino do PT Ilhota.