Um ano das Eleições Municipais de 2020
Hoje, um ano das Eleições Municipais de 2020 e o que nós aprendemos e onde estamos na conjuntura política do município?

Muitas vezes eu me deparo na frente do espelho com essa pergunta, e não consigo encontrar argumentos para esclarecer essa terrível interrogação que insiste em não sair da minha cabeça.
Bem! Nós do PT fizemos a nossa parte e não consigo encontrar argumentos se faremos tudo isso novamente. Ainda temos “acordos” em aberto que estão para serem cumpridos e uma avaliação que não feita. É lamentável falar sobre isso, mas necessário.
Se alguém aqui pretende desfrutar a disputa do orçamento público da cidade em 2024, trago comigo uma single orientação. Antes de darmos um próximo passo, para frente, temos que nos atinar com dois para trás. Olhar para o passado não é regredir, mas uma atitude humilde de reconhecer erros e promover a auto crítica. Olhar para os momentos retroativos dessa história não se precisa ir muito longe na linha do tempo, do início do ano passado já basta, é o bastante. De lá, para cá, temos, para quem entende, uma excelente conjuntura a explorar, mas o grupo político e aquele que nos representou na disputa se recusam a dialogar e promover o debate. Isso nos entristece, incomoda na verdade.
A avalição é um instrumento da face política, furto de um resultado de estudo, comprometimento, engajamento, dedicação e de um planejamento, mas como optamos ir para uma campanha sem pesquisa, sem planejamento, sem nada, o que é uma avaliação no resultado final de uma disputa eleitoral? Nada! Fomos para uma guerra sem saber quem seriam o adversário e quais as armas que usariam.
A política eleitoral de deixar na mão de Deus não existe. Confiar no broto da bananeira, pior ainda. Crendices não elege ninguém. Política é ciência extada e quem nega a ciência nega a evolução humana.
Mas ainda vale a pena? Tudo é válido para com aqueles e aquelas que ainda acreditam na cidade.
Mas o que dizer aos correligionários que estavam juntos na coligação. Nada! O Partido do nosso candidato majoritário se quer existe no município. Nem como Diretório Municipal, muito menos em Comissão Provisória, mas possui 3 vereadores e o que eles e ela faz, não sabemos. É certo que, os posicionamentos políticos não estão alinhados ao Partido e o que a bancada vota, muitas das vezes, está alinhado aos interesses da situação.
Aquele quem disse que seria o líder dos Progressistas, que iria reestruturar o Partido, mobilizar a base, sumiu. Tudo na disputa eleitoral se evapora depois do resultado, inclusive para quem vence. A palha queima rápido e provoca labaredas de causar espanto, mas se apaga em questões de tempo por falta de combustível para alimentar sua ferocidade. Assim é a Política em Ilhota. Em 2024, dias antes da convenção, eles irão se ajeitar. Foi assim, é assim e sempre será assim…
Nossa política está precarizada e a bancada não nos representa, salvo se romperem com Executivo.
Como Presidente do Partido dos Trabalhadores de Ilhota não posso deixar e não aceito a argumentação que a culpa de não eleger o nosso projeto político recaia sobre nós. O erro de não eleger o Luiz Gustavo foi do próprio PP.
Sem o PT na Coligação, o candidato majoritário deste grupo teria nas urnas, menos votos que o próprio candidato a prefeito do PP nas eleições de 2016. Numa reflexão cartesiana, a profecia dita na campanha foi revelada… a coordenação teria a obrigação de fazer mais votos que o Keka. Fez?
Aspiramos aqui em admitir o registrado para os anais da história que, o acordo proposto quanto ao projeto político do candidato ao cargo de prefeito, seria quem indicasse a coordenação de campanha e isso, foi cumprido. Erro ou acerto, os 3.233 votos depositado tem lá os votos do PT. Sem os votos dos petistas, a Coligação “Escrevendo Uma Nova História” teria os seus míseros 34,96% dos votos, em números reais, 2.872.
Está análise crítica se faz necessário, hoje e sempre. Acima disto, a conversa é mais que indispensável.
Fico a inteira disposição dos agentes e lideranças de todos os Partidos que ainda se mantém ativos na vida institucional político e presentes no grupo. Minha admiração se mantém dinâmica e verdadeira.
* Dialison Cleber Vitti, é bacharel em Teologia, militante político e dos movimentos sociais no município, foi presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Conselho Comunitário de Segurança e o atual Presidente efetivo do PT Ilhota. É Coordenador de Organização da Micro PT de Itajaí e eleito Coordenador do Setorial Estadual dos Direitos Humanos do PT Santa Catarina.
